sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O meu vocabulário intimo tem passado pela seguinte sequência de palavras: fodasse, caralho, filho/a da puta, puta que te pariu. Entre estas criaturas de natureza agressiva, surgem frases, pequenas; são bastante pequenas. Passo a citar: quero ter oportunidade de te ver, gostava de sair, de entrar, estou-me a passar, não percebo, digo sem certeza, estou melhor, é hoje que lá vou... Tudo isto preenche, como chamarei, o meu dia, o meu tempo, a minha hora contida nos segundos e nos micro-segundos. Percebes? De entre tudo isto a única coisa que fica para outro dia, sempre, será a acção e a reacção. Pele sensível, lábios, mãos, cona, olho do cu, fronha, anca (mais que nunca sensível) todos eles sensíveis, excepto o conjunto. Percebes? Mais ainda são as perguntas... Percebes? Eu devo ter de me explicar melhor, não é? Torna-se imperceptível, quase incomestível, intragável, insaciável, irreconhecível. Duas fontes numa só barragem. Vou tentar explicar. Falha o uso da fábrica de fogo de artificio. A fábrica existe, os funcionários também, o material está instalado, mas não se produz, não se edifica a ideia, não se concretiza. Percebes? Eu sei que sim. Nietzshe disse-me ainda a semana passada que eu sou Cristã. Percebes? Onde é que eu o sou, como é que lá cheguei. Como é que se opõe um ponto, defendes o ponto e virgula, mas sublinhas o ponto? Percebes não percebes? Falo de cagar, cuspir, ter cera nos ouvidos, comer macacos, mexer no sangue periódico assumidamente, sem que isso seja o tornado..........................................................................Adormeço sempre nesta parte.................................................Quero saber se realmente estás e vais continuar a estar..................................................

Zebra

3 comentários:

  1. Apesar de tudo, não dês corpo a palavras. Dá palavras ao corpo.

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  2. assim sublinho tudo, deixa de haver interesse. passo a ser o HOMEM-LEGENDA...

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  3. Não se trata disso. Trata-se que não são as palavras que te têm de usar. És tu quem usas as palavras. As palavras não são bonitas ou feias só por existirem, só quando são usadas. E do simples uso à expressão livre é preciso estarmos despersonalizados quando lhes damos espaço.

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